sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Desconhecidos

Entrei no micro-ônibus. Um parada depois ela também entra.
Nós somos (des)conhecidos um pro outro. Sei apenas seu nome. Sei que ela é uma dentre os quase 7 bilhões de habitantes desta Terra.

Sempre moramos perto um do outro. Sempre. Ela sempre morou aqui e eu também sempre morei aqui.
Sei quem é sua família, sei onde estudou. Sei que tem um namorado. Sei que tem uma família feliz.

Mas nós não nos conhecemos. Um dia, há não muito tempo atrás, nos falávamos. Nada profundo, sei.

O problema é que já se passaram anos. Não a cumprimento no micro-ônibus. Falta de educação? Timidez?

Não sei.

Surgem então dois lugares para se sentar. Eu logo apanho um lugar. Ela, para não parecer estranho, penso eu, senta-se ao meu lado. A situação fica ainda mais constrangedora. Falo ou não falo?

Decido não falar. Não sei o que ela pensou nessa hora.

A gente terminou a viagem sem trocar nenhuma palavra. No entanto mil pensamentos fluíram...

2 comentários:

Nayara disse...

Uaau.Um caso cotidiano que às vezes acontece né?Acho que eu também teria ficado calada.E é timidez sim, sei lá medo de parecer incoveniente, bobeira, podemos estar perdendo um bom papo né?! :}

Manoel Dias disse...

haha. É verdade... Se a gente sempre ficar dizendo não para as coisas, acabaremos por deixar de viver...

Tá aí: mais um desafio a superar!

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